Saint-Martin

O Filósofo Desconhecido

Nosso Propósito Inspirador mergulha na filosofia de Louis Claude de Saint-Martin, revelando os valores espirituais que moldaram sua obra e seu compromisso com a iluminação moral e espiritual.

As 7 virtudes que devemos praticar segundo Saint-Martin

Descubra os aspectos essenciais da filosofia de Saint-Martin e sua influência no espiritualismo.

SINCERIDADE

PACIÊNCIA

CORAGEM

PRUDÊNCIA

JUSTIÇA

TOLERÂNCIA

DEVOTAMENTO

Saint-Martin

Louis Claude de Saint- Martin nasceu em 18 de janeiro de 1743 na França. Estudava Direito e paralelamente desenvolvia seus estudos sobre os mistérios ocultos. Aos 22 anos, largou a faculdade e alistou-se no exército. Lá, conheceu um iniciado que o apresentou à Ordem dos Elus Cohens do Universo (Sacerdotes Eleitos), escola de Martinez de Pasqually. Teve sua iniciação nas práticas teúrgicas (teurgia – obra divina, trabalho de Deus), onde permaneceu por 5 anos.

Em 1771 abandonou a carreira militar para dedicar-se exclusivamente ao Ocultismo. Em 1773 conheceu Willermoz, adepto da franco-maçonaria e da teurgia, com quem se correspondeu por 5 anos. Eles questionavam ser muito difícil alcançar o objetivo que buscavam na iniciação. Em abril de 1785, Willermoz obteve sucesso com seus experimentos e escreveu a Saint-Martin: “a coisa ativa e inteligente finalmente mostrou-se ao homem”. Saint-Martin partiu de Paris para Lion levando consigo uma Biblía em hebraico e um dicionário.

Em 1788, em Estrasburgo, ele tomou conhecimento das obras de Jacob Böehme, o Teósofo Teutônico – alemão nascido de uma família de camponeses começou a ter visões quando menino e fez votos de jamais usar seus poderes ocultos para propósitos egoístas. Suas obras: “Aurora Nascente” (1612), “Sobre a Vida Supra-sensorial”, “ A revelação do grande mistério”, entre outras. – Coube a Saint-Martin fazer o feliz casamento das duas correntes doutrinárias, elaborando um sistema sintático (sistema de leis que permite estudar uma linguagem puramente sob o seu aspecto formal), capaz de satisfazer seus anseios e colocar à disposição de todos os homens de desejo um caminho seguro para chegar à Iluminação.

Escreveu um livro chamado “O Homem de Desejo” em 1790, o qual o objetivo era mostrar que o homem deve confiar na Regeneração, chamando sua atenção para a necessidade de retorno ao Mundo Divino de onde saiu e ao trabalho que deverá realizar para alcançar esse objetivo, isto é, concentrando suas forças pelo desejo ardente de aperfeiçoar-se e tornar-se um homem de vontade forte.

Acredita-se que a chave da iniciação está no desejo do homem de purificar-se, de evoluir e de atingir a iluminação. Essa evolução é necessária para remediar a degradação a que o homem se submeteu após a Queda Original. Antes, o homem podia obrar em conformidade com a vontade do Pai, sendo dessa maneira poderoso, mas após ter se revestido de um envoltório material, suas capacidades espirituais atrofiaram-se e a Vontade e a Pureza de outrora se aniquilaram. Saber guardar o silêncio é condição indispensável para que o homem se torne digno de receber outros ensinamentos cada vez mais profundos, emanados não apenas de seu iniciador, como do próprio Mundo Invisível.

O ensinamento deixado por Saint-Martin constitui-se uma Escola de Homens de Desejo, ávidos por adquirirem conhecimentos tendo como objetivo o desenvolvimento moral e espiritual do homem.

“Que cada um possa transformar-se em um Novo Homem, renascido pela Luz, que resplandece na alma de todos, e que engendrará, no futuro, o Homem-Espírito, o novo Sol que acalentará os corações de todos com seu procedimento e com sua serenidade.”

Saint-Martin considerava a FRATERNIDADE a base de toda a vida social e, que nada pode acontecer sem HUMILDADE e CARIDADE. É considerada uma SENDA CARDÍACA pois, segundo ele, devemos entrar no coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em nossos corações.

Em 1888 Papus (Gérard Encausse) e Pierre-Augustin Chabouseau decidiram transmitir a Iniciação de que eram depositários a alguns Buscadores da Verdade e fundaram a Tradicional Ordem Martinista – TOM.